domingo, 8 de abril de 2012


É primavera, as aves  retornaram do hemisfério sul, as arvores começam a revestir-se de múltiplas cores, os dias tornam-se mais coloridos assim como a natureza e todo este espirito reflete-se no esprito das pessoas. Ficam mais alegres, mais vulneráveis e mais apaixonadas, pela vida. Pelos outros. Por elas mesmas.
Hoje, enquanto na radio comercial reproduzia-se  uma bonita balada estrangeira, e lá fora os passarinhos voam pelo céu azul acinzentado devido á nevoa que predomina sobre a cidade, eu sentada no banco da frente do carro, olho fixamente para o que vai passando sobre os meus olhos. Por estranho que pareça, duas coisas chamaram a minha atenção. Dois casais, com os seus quarenta e poucos anos, não muito bonitos aparentemente tanto a mulher como o homem, mas traziam consigo uma coisa que ultrapassa qualquer estereótipo de beleza. Traziam e transbordavam amor!
A letra da musica “(..) baby, don’t be afraid, i’m with you (..)”, juntamente com um arrepio e uma ponta de inveja percorreram o meu corpo. –  “ Nossa, quando tiver aquela idade também quero passear de mão dada pela rua, e também quero que alguém pense o mesmo que eu estou a pensar agora.”
Aquela imagem, ficou no meu pensamento e ainda agora a recordo com uma espécie de nostalgia de quando eu também passeava de mãos dadas na rua com o rapaz que eu amava.
Talvez aquela imagem me tenha ficado na cabeça porque tenho imensa vontade de amar e ser amada. Dar o todo o amor que tenho dentro de mim e ser retribuída. Receber beijos na testa ao pôr-do-sol.
Sinto uma imensa vontade de me apaixonar. De encontrar a pessoa certa. De sorrir com aquele sorriso de menina apaixonada. De abraçar como se abraçasse todo o meu mundo..
Talvez seja da primavera, de estar mais vulnerável, mas eu sinto falta de amor. verdeiro amor.

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